sexta-feira, 30 de março de 2012

Origem de algumas expressões do cotidiano

Em nosso dia-a-dia usamos algumas expressões para denominar certos acontecimentos do cotidiano aos quais desejamos dar ênfase na hora da comunicação. O uso de tais expressões é feito naturalmente e foi adquirido desde pequenos por meio de nossos avôs, mães e pessoas com as quais convivemos. No entanto, a veracidade de algumas explicações pode ser questionável, pois tratam-se de histórias contadas oralmente há séculos. A título de curiosidade escolhemos algumas das mais corriqueiras.

Motorista barbeiro

No século XIX, os barbeiros faziam não somente os serviços de corte de cabelo e barba, mas também tiravam dentes, cortavam calos, entre outras coisas. Por não serem profissionais, seus serviços mal feitos eventualmente geravam marcas. A partir daí, desde o século XV, todo serviço ruim passou a ser atribuído ao barbeiro, por meio da expressão “coisa de barbeiro”.

Este termo veio de Portugal, contudo, a associação de “motorista barbeiro”, ou seja, um mau motorista, é tipicamente brasileira.

Casa da Mãe Joana

A expressão se deve a Joana, rainha de Nápoles e condessa de Provença, que viveu na Idade Média. Aos 21 anos, Joana regulamentou os bordéis da cidade onde vivia refugiada. Uma das normas dizia: "o lugar terá uma porta por onde todos possam entrar." Transposta para Portugal, a expressão "paço-da-mãe-joana" virou sinônimo de prostíbulo.

Trazida para o Brasil, o termo paço, por não ser da linguagem popular, foi substituído por casa. Assim, "casa-da-mãe-joana" passou a servir para indicar o lugar ou situação em que cada um faz o que quer, onde impera a desordem e a desorganização.

Onde Judas perdeu as botas

A expressão "onde Judas perdeu as botas" é usada para designar um lugar distante, desconhecido e inacessível. Existe uma história não comprovada que relata que após trair Jesus, Judas enforcou-se em uma árvore sem nada nos pés, já que havia posto o dinheiro que ganhara por entregar Jesus dentro de suas botas. Quando os soldados viram que Judas estava sem seus sapatos, saíram em busca dos mesmos e do dinheiro da traição. Nunca ninguém ficou sabendo se tais botas foram achadas. Acredita-se que foi assim que surgiu tal expressão.

Nas Coxas

As primeiras telhas dos telhados nas casas aqui no Brasil eram feitas de argila, que eram moldadas nas coxas dos escravos que vieram da África. Como os escravos variavam de tamanho e porte físico, as telhas ficavam todas desiguais, devido os diferentes tipos de coxas. Daí a expressão fazendo nas coxas, ou seja, de qualquer jeito.

Não Entendo Patavinas

Os portugueses encontravam uma enorme dificuldade de entender o que falavam os

frades italianos patavinos, originários de Pádua, ou Padova; sendo assim, não entender patavina significa não entender nada.

Por Cássia Nascimento

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