Retomando o assunto do uso inadequado
de algumas palavras, caímos no uso do “mesmo”. Este tem se tornado freqüente
devido à famosa placa nas portas de elevadores (“Antes de entrar no elevador,
verifique se o mesmo encontra-se parado nesse andar”). Quem a lê percebe a
estranheza “quem é esse fulano “o mesmo”?”.
A placa é consequência de uma lei
municipal aprovada pela Câmara de Vereadores da cidade de São Paulo. A norma
obriga todos os edifícios da cidade a terem a tal placa na porta dos
elevadores. E a lei estendeu-se por todo o país, difundindo o erro de gramática
em edifícios de todo o Brasil.
O erro ocorre devido ao mau uso do
Pronome Demonstrativo “Mesmo” que de acordo com a norma culta deve ser usado
para reforçar um termo a que se refere, concordando com ele e não o
substituindo como vimos no exemplo da placa. Portanto seu uso correto seria
como no exemplo abaixo:
·
Ele
mesmo fez o exercício. Elas próprias resolveram o problema.
Vemos que o pronome demonstrativo
“mesmo” está reforçando o pronome pessoal “ele” e não o substituindo. O termo
“mesmo” pode ser trocado e equivalente a próprio. Já na oração abaixo seu uso
está em desacordo:
·
Chegou
atrasado à reunião o mesmo não pôde
compreender todo o seu conteúdo.
Certo: Chegou atrasado à reunião, assim não pôde compreender todo o seu
conteúdo.
Então para não haver mais o erro no
emprego do “mesmo” só o use para reforçar algum termo e não para substituir por
outros pronomes. Quando o “mesmo” vier à mente troque-o por outra palavra ou
expressão equivalente, substitua-o pelos pronomes relativos: o qual, cujo,
quanto, que, quem, em que ou simplesmente o exclua da oração e coloque um termo
de ligação “e”, por exemplo.
Por Cássia Nascimento
Graduada
em Letras
Estudante
de Jornalismo
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