domingo, 6 de maio de 2012

Mesmo, quem é esse fulano?


Retomando o assunto do uso inadequado de algumas palavras, caímos no uso do “mesmo”. Este tem se tornado freqüente devido à famosa placa nas portas de elevadores (“Antes de entrar no elevador, verifique se o mesmo encontra-se parado nesse andar”). Quem a lê percebe a estranheza “quem é esse fulano “o mesmo”?”.

A placa é consequência de uma lei municipal aprovada pela Câmara de Vereadores da cidade de São Paulo. A norma obriga todos os edifícios da cidade a terem a tal placa na porta dos elevadores. E a lei estendeu-se por todo o país, difundindo o erro de gramática em edifícios de todo o Brasil. 

O erro ocorre devido ao mau uso do Pronome Demonstrativo “Mesmo” que de acordo com a norma culta deve ser usado para reforçar um termo a que se refere, concordando com ele e não o substituindo como vimos no exemplo da placa. Portanto seu uso correto seria como no exemplo abaixo:

·         Ele mesmo fez o exercício. Elas próprias resolveram o problema.

Vemos que o pronome demonstrativo “mesmo” está reforçando o pronome pessoal “ele” e não o substituindo. O termo “mesmo” pode ser trocado e equivalente a próprio. Já na oração abaixo seu uso está em desacordo:

·         Chegou atrasado à reunião o mesmo não pôde compreender todo o seu conteúdo.
Certo: Chegou atrasado à reunião, assim não pôde compreender todo o seu conteúdo.

Então para não haver mais o erro no emprego do “mesmo” só o use para reforçar algum termo e não para substituir por outros pronomes. Quando o “mesmo” vier à mente troque-o por outra palavra ou expressão equivalente, substitua-o pelos pronomes relativos: o qual, cujo, quanto, que, quem, em que ou simplesmente o exclua da oração e coloque um termo de ligação “e”, por exemplo.


 Por Cássia Nascimento
Graduada em Letras
Estudante de Jornalismo

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